lá se foi a tão esperada semana de cruzeiro. até eu que sou uma reclamona nata estou aqui saudosista lembrando do mar na sacada e do vento forte das milhas náuticas. descendo do taxi sábado no aeroporto de congonhas pra pegar o translado já deu para sentir a familiaridade da coisa toda. porque todo mundo é primo e amigo e família. a prima e a família da prima. pai mãe irmã e cunhado. mais vivi visú e sua família réus interia. mãe irmã irmão sobrinhas e agregados bem próximos. mais eu mais o alex. mais o flip e a nina e o ricardo e o vitor e a equipe dentro do ônibus em direção ao porto. gente calor malas checking embarque bon giorno e cabine. as cabines uma ao lado da outra deixaram a ganja livre e a sacada gigante para nós. e a primeira tour De Polainas começa. na verdade demora uns dois dias pra a gente se acostumar e eu nem lembro o que foi que a gente fez nesta primeira noite. o segundo dia foi navegando entre santos e ilhéus. aqui tem fuso horário e eu Geisi fui tocar com as amigas na festa flashback depois do jantar de gala na mesa do comandante. já nesta noite estávamos tentando um emprego fixo na embarcação móvel. dia seguinte todos os seres normais que vivem no bandejão de ramos vão a ilhéus e nós ficamos. dividi meio doce com o amigo e causei. ensaiei as modelos do concurso na beira da piscina e chorei de rir na sacada fumando um beck "estacionada" no porto de frente pros omi com show de sailor pin up particular. quem viu sabe. no dia seguinte eu azedei. fiquei sozinha no navio. gosto de ficar sozinha as vezes e nem queria ir a maceió. tirando que eu ri tanto na tarde do doce que eu precisava de dois dias de mau humor profundo pra balancear. e teve festa do réus em alto mar. não fui. salvador eu fui. chegar pelo mar é lindo. e no mercado de são joaquim eu descobri que sou marinheira e não passo mal quando volto a terra firme. descobri também que sou branca branca. sem mistura. foi o que falaram alto nas ruas estreitas e cheias de animais vivos pra vender. branca. branca. subir o elevador lacerda e descer o pelorinho agora sem pelorinho. igreja. igreja. igreja. paralelepípedo. reaggae. tererê. pierre vergé. trilha sonora da thais gusmão e festa De Polainas na disco 32 ponte 14. as De Polainas bombam. dentro da cabine e fora dela. no dia seguinte dia de navegação. trilha sonora do samuel sirnansck. termina o concurso e as minhas favoritas ganham. perdi U$15 no cassino jogando the munsters. não tenho sorte no jogo. no último dia tocamos na pool party echo fazendo a trilha ao vivo e de salto. sem fotos. só fotografei pores do sol e luas cheias. não fotografei um amigo sequer. não fotografei um look dos tantos safaris e pomares e nem nada da sofisticada cartela de cores que eu usei. as De Polainas fotografaram editoriais e deram entrevistas. apesar da prima estar quase morrendo de intoxicação. e eu sempre erro o número de gente que faz parte do meu próprio projeto. nesta noite tentamos tocar na festa da tripulação. foi um auê. não queriam deixar a gente entrar. depois era pra tocar só uma e quando finalmente a gente conseguiu autorização o fominha do dj bernardo não quis deixar a gente tocar. ainda bem que a vingança veio logo. como sempre briguei com todo mundo e todo mundo brigou comigo. estava louca de vontade de voltar para casa e agora que já apertei os gatos quero embarcar de novo. não dá pra levar os gatos no cruzeiro né?