Tuesday, 14 August 2012

insônias malditas que me arrebentam o coração na madrugada barulhenta da minha cabeça. são cinco da manhã e eu aqui queimando nos fogos de artifício que caem do cigarro enrolado com mais do que só tabaco. fumando e tentando esquecer a mim mesma na fumaça cinza. não dá. não estou nem aqui nem lá. a impossibilidade de desapego é desestimulante e a falta de estímulos dificulta e diminui a vontade já pouca. e o tudo virou nada. saudade da noite e da rua. de andar sozinha mais a lua. enchendo a cabeça de sonhos e do barulho da bota nua. saudade dos pés no chão das minhas mãos no bolso dos meus olhos no topo dos prédios. eu e esse meu coração tolo. sempre esperando o frio na barriga e a falta de chão. todas as coisas bestas que inspiram minha mão. saudade de querer mais. mais batida sincopada. mais respiração compassada. mais telepatias compartilhadas. mais. sempre mais. até não poder mais.

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