Wednesday, 6 January 2010

cinco hrs de sono leve apesar da caminha feita com carinho e do fuço cavalgando do meu lado. e a nossa amiga distante que a gente tanto admira escreveu um livro anos atrás chamado das coisas esquecidas atrás da estante que eu nunca tinha lido e ontem enquanto eu tava aqui esilada na prima eu me agarrei nele e li metade em três horas. me deu saudades de mim. saudade dos meus pain killers venham eles em formas de blog ou em pílulas coloridas. deu saudade principalmente do silêncio. de quando a gente pode ouvir o vento soprar. de ouvir a chuva chegando. de ouvir o mundo girar. saudade de ouvir as vozes nesta cabeça louca. onde estão minhas manias? suprimidas em baixo de uma pilha de roupas para passar. onde ficam as minhas chatisses tão destiladas no alambique da minha vida? onde é que eu vou me perder de novo para poder me achar e me reconquistar? esta não sou eu e eu não gosto desta tão esforçada. desta que tenta se diminuir em tamanho para que o amor caiba na casa. e se eu quizer ocupar todo o espaço a minha volta com meus sonhos perdidos e fantasmas fodidos? e se eu quizer sair por aí sem rumo a beber com as amigas sem ter o sentimento do erro? é. quando eu não durmo eu fico assim ainda mais egoísta do que se pode imaginar. queria pensar dois mas só penso um. e a cabeça é uma coisa louca que a gente não controla só pensa que controla. meu coração tá minúsculo. e talvez um tanto petrificado. queria não endurecer mas acho que é tarde demais. sou dura. embrutecida. masculinizada. e agora quero só meus amigos e mais nada.

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